Parosmia: entenda como a alteração do olfato afeta pacientes com covid-19
As alterações no olfato foram categorizadas como um dos sintomas mais comuns em pacientes com covid-19. Em geral, os pacientes apresentam perda parcial ou total da capacidade de reconhecer cheiros (anosmia), principalmente por uma obstrução no nariz ou um inchaço na fenda olfativa, impossibilitando o reconhecimento de muitos aromas.
Quando o paciente começa a se recuperar da doença, vem uma outra surpresa: os cheiros começam a ser sentidos novamente, mas de forma completamente distorcida, fenômeno que chamamos de parosmia. Na prática, o cheiro de um perfume pode ser percebido como cheiro de lixo, ou a comida pode ter gosto de terra, por exemplo.
Essa distorção no olfato afeta consideravelmente a qualidade de vida nos pacientes, que podem passar a não se alimentarem corretamente, levando a deficiências nutricionais.
Por isso, tanto a anosmia quanto a parosmia devem ser acompanhados por um otorrinolaringologista desde o início do sintoma, para garantir que o quadro não evolua e o paciente alcance a recuperação mais rápido.
O tratamento consiste no uso de medicamentos que podem ser usados por via nasal, como anti-inflamatórios, lavagens com soro fisiológico 0.9% e aplicação de citrato intranasal, ou via oral, como corticoides e vitaminas. Há, ainda, o treinamento olfativo, em que o paciente faz a inalação de alguns odores ao longo do dia (como lavanda, limão, eucalipto e rosas), para tentar recuperar o reconhecimento dos cheiros.
O papel do otorrinolaringologista começa no diagnóstico, passando por exames físicos e complementares, até o tratamento e acompanhamento do paciente até a cura.
Fonte: Medical Site
14 de Dezembro de 2021